Epopeias de uma nação mentalmente marasmada produzidas sem a censura do horário nobre imposta pela sociedade.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sincero Cupido furioso


Mas o que é isso?! Seu burro! Idiota! Você foi impulsivo, agressivo com ela! Ela está magoada, e agora você se sente mal com o que fez, não é?! Tão ruim quanto a traição, é faltar com respeito com a sua companheira, ela é tão carinhosa e dedicada com você! Pare de pensar besteira e falar merda! Ela não é uma qualquer, é sua namorada, ela respeita você, respeite-a também! Ela está chateada com você, você pôs tudo a perder com as suas atitudes orgulhosas e impulsivas! Agora você sente que seu relacionamento com ela está por um fio, não é?! Isso é arrependimento, pelo menos você reconheceu os seus erros, mas pense na pior falha: foi preciso que ela  se magoasse seriamente para você perceber o que tem feito... sabe há quanto tempo você a tem magoado? Sabe mesmo o que ela tem aturado de você com esse seu comportamento idiota? Pois é, agora ela está magoada e você não pode fazer nada além de reconhecer esses erros, pedir desculpas e implorar para que ela não o abandone. Sim, ela pensa em abandoná-lo. O relacionamento esfriará, ela vai lhe tratar com certo receio... Imagine! Quem você ama lhe tratar com receio?! Não haverá reciprocidade num relacionamento assim, porque você a ama, mas as suas atitudes de mula a fizeram passar a ter receio, e até uma certa aversão de você, porque você tem agido por impulsividade, tem sido comportamentalmente imprevisível, um verdadeiro ogro! Isso a fez pensar se realmente quer ficar com você. Você tem reagido com hostilidade quando ela fala qualquer coisa, quando ela lhe conta qualquer história. São histórias! Aconteceram, mas não se repetirão,  podem acontecer coisas melhores com vocês dois juntos do que as histórias que ela lhe conta...
Talvez, no fundo seja esse o porquê de ela lhe contar essas coisas, já pensou nisso?! Que pode ser porque ela quer que você saiba a história da vida dela e deseja que seja melhor com você daqui para frente, seu estúpido?! Seja mais dedicado, carinhoso, compreensivo e aprazível com ela. Não a faça ter medo de você, não aja como se fosse o superior em tudo, você não é! Ela está com você, ela o ama, mas não vê retorno nesse amor quando você a julga por tudo o que ela faz, isso não é amor, isso é uma ditadura com uma só pessoa, que está ao seu lado porque gosta de você, ela não quer que você a julgue, ela quer que você lhe dê amor e, através disso, fazê-la ser alguém melhor, ajudando-a a melhorar com carinho, paciência e atenção, não com ódio e hostilidade. Logo você que se demonstra tão culto e maduro, age de forma pueril logo com quem o ama tanto?! Não seja egoísta, retribua esse amor dela com amor também, entendeu?! AMOR!!! Pare de magoá-la sempre, ela não merece isso porque ela o ama. Você deve ser mais compreensivo, interprete o que ela diz com o amor que você sente por ela, e não com o ódio que você já sentiu pelas pessoas que o decepcionaram, ela é diferente, ela quer ter uma vida, uma história com você, não faça dessa história um breve conto de terror, com discussões, brigas e feridas físicas e emocionais, com palavras duras, mágoas e cicatrizes eternas, faça dessa história um lindo romance com final feliz, onde o amor de um pelo outro deve ser cultivado a cada dia, com carinhos e risadas, brincadeiras saudáveis e convivências pacíficas. Não faça com ela o que você faria com os que odeia, não odeie os que fazem coisas que você não aprova, não reprove coisas que você não conhece completamente ou não quer conhecer por causa de uma primeira impressão ruim. Seja mais aberto, mais compreensivo. As coisas existem por um motivo bom também, se você só viu os motivos ruins, é porque você é burro demais para ver as coisas boas. Você tem potencial, mas é muito burro! E ela acredita nesse seu potencial, só que a sua burrice a magoou...
Agora faça diferente, cultive a compreensão, seja mais humano com os humanos que o admiram. Eles têm as sementes das suas qualidades plantadas neles, porque eles o admiram, querem você por perto, e ela quer isso mais do que ninguém, por isso está tão próxima de você, faça o sonho dela se realizar, porque você também adorou a ideia de tê-la perto de você e agora isso está acontecendo, ela está mais próxima de você do que vocês imaginaram que fosse possível, então não impeça que vocês se façam felizes com a sua estupidez! Respeite-a, ame-a de verdade, como ela o ama, não plante sementes de discórdia insegurança, desconfiança e mágoa agora que ela está ao seu lado!
Pense nisso... eu vou lhe dar uma nova chance com ela, mas vê se vira gente! Imbecil!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Arféria dos Tolos

Parvos me rodeiam, sempre esperando a oportunidade, a melhor hora, o momento mais propício ao bote. Nada lhes interessa senão apenas arrancar pedaços, tomar o que tenho, o que conquistei com tanta peleja. Os troféus arduamente conquistados com o sangue do trabalho, sob a estafa das tarefas, com os dons que me foram atribuídos, com o ódio que engoli, a incerteza que superei, a confiança que tive inutilmente... troféus que amargam minha memória, que me fazem entrar em desespero a cada momento que atormentam-me com suas sombras de martírio.
Ninguém está por perto, exceto os parvos, babando, sorrindo malevolamente e já sentindo o gosto do meu sangue em suas bocas, a oscularem-me com toda a hipocrisia abraamicamente proposta a Iscariotes, tido como traidor sem uma declaração, conhecido por sua falsidade e ganância, tido como um Cristo na saga do próprio... a dor sentida, as razões, ninguém sabe, ninguém nunca perguntou... Apenas o ódio tomou a todos, o espancamento lhes sacia, a violência alimenta suas feras interiores, que agora me perseguem, não nos mesmos veículos, mas em novos, renovados, evoluídos, mas instintivos como os antecedentes.
Sou um Judas do tempo de hoje, um entre milhões, que sacrifica-se diariamente para não ser enforcado... mas diariamente o é. Sem dó, sem pena, sem chance de manifesto, estar pendurado pelo pescoço entre tantos outros, pingando sangue pela boca na terra seca, sofrida e quebradiça como minha pele, que agora não mais respirará, não mais viverá. Apenas servirá de alimento aos corvos, enquanto eu balançar pela vontade do vento, que joga terra em mim, como se quisesse rasgar minha carne, levar o cheiro do meu sangue e os ecos do meu desespero para que mais corvos possam confraternar no novo banquete, que ainda estrebucha um sopro de vida, luta contra as cordas da imposição, que se debate para espantar os acapelados corvos que bicam, sobrevoam, rodeiam e gritam como quem tem pressa. Uma pressa insana, mais de ver a morte do que de matar a fome, pois a morte sacia por pouco tempo, e a fome já foi saciada sobre outra carcaça pendurada ao meu lado, que habitava uma consciência de gênio, mas foi desperdiçada no braçal sofrimento do submundo cruel e disfarçadamente escravocrata, em que a chibata esfola o bolso, a dignidade, o futuro. Um futuro sem esperança de que haja carne que não seja magra, onde não hajam árvores com frutos de carcaça humana, onde os esquecedores relembrem os esquecidos, onde ao menos um Judas seja ouvido.

sábado, 20 de outubro de 2012

Chiqueiro Social


"Ao acoplardes, vos resguardeis, pois a aurora da vida é destoada.", Máxima repetida muitas vezes ultimamente... sem tanta erudição, mas com a ideia sempre cogitada, por receio, desconfiança, preconceito ou inveja, pois constranger os aprazidos sempre foi uma forma de vingança originária da inveja alheia, que apenas importa-se com a própria opinião.
É um fruto do limbo social, uma forma de as pessoas tentarem interferir no processo de realização  dos seus próximos.
Desvelando tais palavras, depara-se com um fundo poço de lama composta por inveja, hipocrisia e preconceitos, produzidos através de olhares de parasitas intelectualmente inertes, que observam processos progressivos alheios e lançam sobre eles impulsões de infelicidade, ódio e represália. Porcos cultivados pela porca-mãe de alcunha Sociedade, que instrui à eterna competição aquisitiva, onde de quem tem, tomado seja, quem toma, inocentado seja e quem julga, venerado seja. Um inferno em Terra, em guerra sem causa definida, onde cada filho sodomiza moralmente seu irmão, num mundo onde números são mais que deuses, uma diferença aquisitiva é motivo de exclusão, mas uma diferença temporal indigna mais do que humanos que pedem, imploram, sofrem, mendigam e lutam com cães por um alimento desperdiçado pelos acima citados "porcos sociais".
Preconceito, cultivado por humanos animalizados, corpos que agem por instintos, fornicam levianamente, conhecem pela dor e vivem por celulose, destroem pelo progresso, matam pelo poder, conquistam pela dor e escravizam pelo "bem", veneram divindades que lhes mandam matar, matam por divindades que lhes reprimem a vida, divindades produzidas em série, maldosamente convenientes, intimidadoras, injustas e moucas, que apaziguam com bombas, disciplinam à chibata, aprazem assassinos e castigam incapazes, que foram levados a tal condição por não aceitarem as condições sociais, por não se adaptarem à escravização. Divindades que endividam, com formatos cúbicos, vozes eletrônicas, cores logotípicas, condições consumistas e ideais desprezíveis. Divindades que controlam porcos que fuçam na lama e comem restos, a si próprios, o que defecam e vomitam, abandonados, dormem com mortos, fedem com o desprezo, adoecem com a indiferença. Felizes em suas patotas, chacoteiam dos que não as querem, induzem à depressão, desprezam diferentes, traem iguais, afetam quem invejam, maltratam quem amam e substituem quem perdem: eis a hipocrisia da humana sociedade suína em desprezível súcia.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ano eleitoral


Ano de eleições, para mim, não passa de uma grande atuação de comédia. Vê-se candidatos "passeando" por bairros em situação crítica, cumprimentando pessoas desabrigadas, que acordam sempre pedindo a Deus forças para sobreviver àquele dia, candidatos que se dizem honestos, só porque não foram pegos pela Lei da Ficha Limpa. E então, todo candidato é "do povo", todos eles se preocupam com cada eleitor, todos são capazes de abraçar mendigos, andarilhos e assalariados por um voto a mais, sorrindo hipocritamente como se convencessem a si mesmos das suas mais falsas virtudes. Não há candidato corrupto aos olhos de si próprios, todos fizeram pela educação, como se não lembrássemos das greves ocorridas nas instituições de cada setor, federal, estadual ou municipal. Todos aplicaram exorbitantes partes dos fundos em saneamento, saúde, desenvolvimento, quando o máximo que vimos foi uma rua asfaltada, um poste trocado e uma pintura na fachada do pronto-socorro do nosso bairro.
Em ano de eleições, aquele seu amigo chincheiro na adolescência hoje é um "grande homem" para lhe representar politicamente... mas ele se esquece que cresceu no mesmo bairro que você, se esquece dos que o viram sendo revistado pela polícia em frente à sua casa, não imagina que você se lembra das companhias que ele andava, que hoje serão seus assessores se for eleito. São esses os "homens do povo" que querem se eleger hoje, aliando-se a mauricinhos debochados que nunca andaram de ônibus pela cidade e que hoje posam orgulhosos dentro de um ônibus novo vazio, como se fosse uma conquista deles para o povo, mas nunca tiveram culhão suficiente para enfrentar o inferno diário do transporte público nos horários de pico. Hoje esbanjam tal conquista, amanhã vão para o trabalho às onze da manhã nos seus carros importados, com ar condicionado e vidros fumê.
Candidatos que param na entrada da favela com um caminhão carregado de tijolos e sacos de cimento para distribuir à população, mas que não descem da carroceria um instante, pois não querem sujar seus ternos importados. Distribuem sorrisos, bons dias e material de construção a desempregados desnutridos, sem dentes nem banho, pois onde mal moram, nem água encanada possuem. Valiosos eleitores, pois não têm a visão questionante dos intelectuais, que já se convenceram de anular seus votos por não terem mais esperanças nesses mascarados em ternos de seda. Importa-lhes somente os néscios, os que aceitam seus sacos de cimento, porque os verão como homens de bem e votarão enganados, como sempre, por acharem que estão colocando em seus lugares aqueles aproveitadores, que lhes representarão como devem.
Povo que elege corrupto não é vítima, é cúmplice, mas povo que não pensa é merecedor de tal martírio. Conhecimento não deve depender de ninguém. Parece ser crueldade de minha parte, mas as pessoas gostam de sofrer, de ter de quem reclamar, são auto-piedosas por natureza, pois assim isentam-se dos males que os cercam. Aceitam o saco de cimento, pois no fundo, era isto o que elas queriam: ser enganadas para, no futuro, porem a culpa no candidato.
Os eleitores acham que se aproveitam dos benefícios que esses candidatos oferecem em troca de um voto, mas não têm capacidade de enxergar que estão sendo usados, vendendo seus votos por uma miséria material e moral, pois no futuro, as máscaras desses candidatos cairão, serão centro das atenções dos jornais, terão sigilos quebrados, serão investigados, acobertados pela imprensa, que os protegerá com intrigas em novelas, filmes idiotas e jornais televisivos com notícias fúteis, que usam de sensacionalismo barato em notícias de assassinos de todo dia para velarem o mar de lama que é o nosso sistema político, que têm a capacidade de acordar memórias quando lhes convém, fazendo o povo se lembrar de merdas como o esquema do Mensalão em ano eleitoral, para que ninguém se importe com os candidatos municipais,  mensalistas em potencial que tentam ingressar na mamata dessa lixeira com garis engravatados.
Povo que se deixa manipular é povo que gosta de sofrer, que não vai às ruas dizer de que tipo de informação gostariam de se alimentar. É povo que compra livro de receitas de pizza ao invés de procurar conhecimento histórico do próprio país, povo que trabalha cinco meses em cada ano apenas para pagar impostos, que paga impostos apenas para o deleite da falta de ética desse país. Povo honesto, que se burla por um tijolo, que se omite por uma dentadura, que se mata por um prato de comida, mas que se vê como nobre porque trabalha incansavelmente, mas é cego ao ser enganado.

domingo, 30 de setembro de 2012

Pelo conveniente da discrição


Pelo conveniente da discrição
Nasce do ardente fogo o preconceito
E se perto se esconde o que há no peito
Lua e carne apenas vislumbrarão

E o fogo, com raiz no coração,
Com seu vigor queima qualquer preceito
Certezas impostas ainda em leito
Que fadam ao gelo quente paixão

E sucumbir na ardente e forte chama
Tal medo irá, se não alimentado
Sobrevive o que importa e quem se ama

E sucumbirá também, fracassado
O fracasso que em silêncio se trama
Pois não fere coração que é amado.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Pois depois de sangrar o coração


Pois depois de sangrar o coração
e até do sumiço da vida alheia
ressurge ela, tempestade de areia
Como pedra lançada dum tufão

Por mais que eu insistisse em dizer não
E agora, amarrado em ti pela teia
Sigo contigo e perco o que há na veia
Mas aprendi os bens da situação

Hoje exijo só o que me é de direito
Criei vida e somente ela me importa
E por me sangrar, sangra tu e teu peito

Te extraído o bem, eu fechei-te a porta
E em terra de ninguém está teu leito
Onde vives, sem saber que estás morta!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ode ao Sistema


Depois dessa cagada em Belo Monte
Desviam toda a atenção do meu povo
Que se deixa manipular de novo
E não se dá conta de tal afronte

Manipulados, apraz que lhes conte
Apenas o que não lhes causa estorvo
Deixando a verdade em estado turvo
Pois povo burro não planta a Semente

Assim não nasce o pensamento crítico
Daqueles que têm o real poder
Porque são felizes num mundo mítico

Induzidos a querer sem querer
Acham um saco esse mundo político
E vivem na miséria, sem viver.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Monólogo sobre a Morte

Caminhando pelas bordas da vida, equilibrando entre razão e emoção, sigo eu, levando pedradas de quem me odeia. Aprendendo a esquivar das pedras, continuo caminhando. Acertar-me é sorte e revidar é mesquinho. Apenas me esquivo. Ignorá-los é uma virtude. Eu não tenho obrigação de demonstrar-lhes se me afetam ou não, mesmo que me acertem. Ignoro-os como devem ser ignorados. Eles, preocupados em me ferir, acabam caindo no abismo que lhes aguarda, mas não rio deles... apenas me serão menos a planejar a minha desgraça... menos pedras atiradas. Continuo caminhando, subindo e ignorando o que não me faz bem. Ser assim é melhor do que ficar parado revidando as pedradas. Não quero cair no mesmo abismo que os meus inimigos.
Não faltarão obstáculos pelo caminho que sigo. Devo preocupar-me com eles, não com o que os já presentes podem me causar. Estes já sei como superar, os que virão ainda nem sei como são. Esses, sim, me preocupam...
Fui instruído a aprender a superar o que vier. Seja fácil ou difícil, devo superar. Seja bom ou ruim, devo passar. Se aprender, não voltarão mais e se não aprender, terei novas chances pela frente. Seja quando for, não devo ter pressa. Se não há pressa para a morte, por que haveria para a vida e suas naturais situações?
A morte é a vida em mutação, por isso é inevitável. É a vida quem dá as cartas. É ela quem me torna o que sou... mas a minha vida sou eu quem faz... então sou eu quem dá as cartas à minha vida... mas se eu der as cartas erradas, a cada uma delas, a morte se aproxima mais... até que ela chega... uma vez que ela se aproxima, não há como afastá-la, não há jeito de mandá-la embora.
A morte é um bem que todos temos direito. Um bem sim, pois se não for vista como tal, tornar-se-á um medo e viveremos toda a vida preocupados com ela, como se fosse um ato de impaciência do Criador e isso não é uma verdade.
A morte é transformação, não um fim. Ela nos faz mais sublimes, não nos tira nada além do peso material, nos dá a consciência de toda uma vida, nos faz enxergar tudo o que fizemos de errado, nos traz o arrependimento pelos males que causamos e isso não é ruim... não pode ser ruim... depende de cada ponto de vista.
Tudo o que está errado pode ser consertado. Seja hoje, seja amanhã, seja daqui a séculos... um dia será consertado, mas poderão haver outros erros, que precisarão ser consertados também... isso faz com que o Tudo esteja sempre em transformação... uma espécie de transição contínua, que o torna sempre indefinido, mas modelado da melhor forma para a situação mais conveniente. Isso é vida, é mudança para melhor, é mutação.
Com as cartas certas, a vida sempre fará tudo no tempo certo, inclusive trazer a morte, que, como já disse, não é um mal, é uma necessidade. Se fôssemos imortais, nos tornaríamos suicidas, pois somos muito fracos para suportar as pedradas por muito tempo. Suicídio é uma evocação da morte por nós mesmos... algo que não temos direito.
Viver esperando pela morte é uma completa perda de tempo. Ela virá, mas quando tiver que vir. Não é justo passar toda uma vida à sua espera. Não é justo passar toda a vida esperando por algo certo de vir, pois se já é algo certo, que o foco seja então a vida.
A vida sim é incerta, possui altos e baixos, bens e males, dádivas e estorvos. Cabe a cada um escolher o que quer. Essas são as cartas que tenho nas mãos. Saiba escolher quais dispôr à vida.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Enquanto caminho em corda bamba


Enquanto caminho em corda bamba
A minha vida o vento quem leva
E se faz sol, frio, chuva ou se neva,
Roupas balançam, como quem samba

E mesmo que me chamem de camba
Eu nunca me levo pela raiva
Sei que se cair, caio na relva
Relva que reflete a luz do âmbar

Onde o meu varal se localiza
É donde eu vislumbro a paisagem
É onde me bate a melhor brisa

Leva rumo à mais bela viagem
Mesmo que o caminho seja cinza
Sigo no balanço e com coragem





sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A Prosa em Versos


É Sabido que sei que não versejo
Não sei fazer rima como naquilo
não sei como me prender num estilo
E sei só que na prosa me desejo

Eu vivo nas garras da liberdade
Sem regras, sem o ritmo da rima
Aproveito tudo sim: cada linha
Sim, encavalgo todas, cada frase

Eu faço prosa, prosa sai escrito
Sem limite, proseio no papiro
Mas limito agora o meu infinito

E se aqui travo, por ali reviro
Se ali bloqueio, por aqui me sito
A prosa em verso acho, enfim respiro.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ao meu querido amigo Nonô


Já que o amigo "Anônimo" resolveu criticar e comparar o meu estilo neste ou naquele texto com o comentário no texto Bocagem Cotidiana, vai aqui meu retorno ao estilo anterior apenas para lhe aprazer... mas como tudo tem um preço, coça o bolso, meu amigo! Você me parece um sujeito um tanto acanhado, mas apesar disso, seu preço será ser o centro das minhas lucubrantes atenções. Então, segure-se no seu confortável trono da opinião alheia, que aliás, me foi muito útil!
Querido amigo Anônimo que me apraz, você realmente me apraz! Continue criticando-me, e nada mudará até que você resolva se identificar e seguir o meu blog, fazer comentários identificando-se ou fazer melhor do que eu.
Sim! Faça melhor do que eu!! Ou melhor, destrua-me moralmente, ou morra tentando. Assim terá minha atenção, mais do que a que estou dispensando agora! Sim, já sou seu fã, querido Anônimo!
Aliás, até tive uma ideia: você poderia fazer um blog apenas para me criticar! Já até pensei em um nome: "Rotulando o Rapsódias"... ficou bom... mas agora você não pode usar, porque fui eu quem o criou, e se você usar, terei que processá-lo por plágio... mas preciso que você se identifique... vamos lá, seu traquinas, não se acanhe, revele-se! Como disse, já virei seu fã... seja lá quem você for...
Tenho-lhe deveras assaz apreço, Nonô!! Se é que permite-me tal intimidade, afinal, somos amiguinhos, né?!
Ah, sim! Não me posso esquecer... quase tive um orgasmo intelectual ao ler aquela regalada parte em que me compara à Clarice Lispector... Eu, Clarice, Clarice, eu... você é genial, Nonô!!! Até temo que realmente consiga me destruir moralmente... desde que aprenda que "toda via" não é o mesmo que "todavia"... Tenha dó do seu amigo aqui, tá?! Para uma primeira alfinetada, você pegou pesado, Nonô! Acertou bem na ferida!
Meu sonho de consumo é ser um clone literário da Clarice... Mas tudo bem! Acabo de adquirir um novo ídolo: você, Nonô!!! Você era toda a frivolidade que eu precisava para alavancar minha carreira literária, continue corrigindo-me, criticando-me, mas não se esqueça: mostre a cara e penso na possibilidade de ter o meu desprezo, porque sem mostrá-la, você só será mais um palhaço do meu circo de intelectualidade, e eu quero que os meus amigos e ídolos cresçam na vida, então, mostra a cara aí!!!
Ah, e se puder, mande-me um autógrafo pelo correio, pode postar carta anônima...

sábado, 18 de agosto de 2012

Bocagem Cotidiana


Padece frente à mesa de inutilidades. Calculando e burocratizando, sendo calculado e criticado, ninguém valoriza tão árdua labuta. Um martírio diário onde se usam fórmulas obrigatórias que não passam de pura apologia à corrupção.
Conta tudo, soma, subtrai, tira porcentagens, alíquotas, imprime documentos, solicita requerimentos, anexa, cumpre, cobra, dá entradas, faz retiradas, liga, desliga, manda, desmanda, sê mandado, abaixa a cabeça, envia, redige... os erros de português são irrelevantes, ninguém sabe ler direito mesmo... apenas o que valem são números. Quanto mais zeros, melhor. E o prazo está acabando, o sistema não funciona, a rede caiu, o patrão viajou, a superior está de férias, teu nome pra lá, teu nome pra cá, a pressão é sobre ti, um mérito que ninguém te tirará. Mérito imposto, imposição exposta, exposição humilhante, humilhação impagável, salário vergonhoso.
As mesas idênticas, as folhas impressas, os formulários imutáveis, os erros repetitivos, os sons característicos, as tarefas mecânicas, os superiores, sandeus.
As camisas engomadas, os sapatos engraxados, as meias furadas, os cristãos, ateus.
E não há tempo, não há desculpa, não há condição, não haverá perdão. Sairá do teu bolso, pagarás o pato, pois o pato és tu próprio. A culpa é tua, a desculpa é dele, a razão é do cliente. A pressão é sobre ti, a desculpa ainda é dele, mas o regalão será de quem? Não será teu, não será meu... sim, será dele: o que te humilha, o que te pressiona, que te conta em migalhas, que te paga em miúdos. E não te agradará, não te consolará, sequer um olhar de pena, apenas cobrança, pressão, mais papéis... sim, papéis. Sublimes papiros rebaixados ao submundo. Submundo que se diz nobre, que se declara movedor de uma constituição, documento da manipulação alienada, objeto do medo, resultado da ganância, relíquia do capitalismo, da diferença, da covarde pirâmide social, onde tu és base, tu tens todos sobre os ombros, tu és responsável por todo o engenho de tão covarde monumento.
Por isso, não me olha, não me pede, não me diz, não me fala, poupa-me da tua linguagem fática. Eu não te olho, não te peço, não te digo, não te ouço, poupa-me do teu linguajar chulo. Tu não és meu superior, não olha para o lado. A hierarquia é cruel, o tempo é escasso, o intelectual é fútil, a família, substituível, a fama, um sonho, o dinheiro, um objetivo, o prazer, mundano, a paz, descartável, o Amor... desconhecido.
O Amor... ah, o Amor! Descartável sentimento confundido com atração, perdido, maculado, raridade como é. De conquista a comércio, espancado pela razão, banalizado pelo moderno, violentado pela indústria que apela pelo desvalor da imoralidade, onde o capital bate no peito, pesa no bolso e acama os falidos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

OlimPIADAS

E o Brasil acaba de adquirir o seu Herói nas Olimpíadas 2012!!! Lá foi o atleta que, tomando na argola até então, se pendura nas argolas da modalidade da ginástica olímpica e conquista uma medalha de ouro para o Brasil. Pronto! A delegação brasileira já pode vir para casa! O Brasil já tem um dedicado e sofrido herói olímpico para ficar babando e puxando o saco! Aliás, na verdade, um herói para ficar secando e pressionando até ele cair de bunda e se tornar a gafe de 2016... se é que teremos Olimpíadas em 2016... Opa, espera, a delegação brasileira não pode vir não, ainda falta cumprir-se o fiasco no futebol... Falando nisso, futebol?! Uma seleção metade jovem desinteressada e metade veterana decepcionada, onde o que interessa mais é o penteado e a cor das chuteiras do que a honra de representar o país. Jogadores que aprenderam a chutar bolas esfoladas, a esfolarem os pés descalços em campos de areia e pedras tiveram sorte em conseguir uma chance em algum clube qualquer, onde se destacaram e logo foram para o exterior, porque é lá que realmente se valoriza um jogador de futebol, mas o seu patriotismo é dilacerado, e o atleta das argolas, que treinou aqui dentro, no próprio país, foi até Londres e conquistou uma medalha de ouro, acaba de virar herói, atingindo um patamar de celebridade onde qualquer erro na sua carreira o derrubará e ele, como qualquer ser humano, errará e obviamente, será crucificado como todos os outros atletas olímpicos brasileiros.
Na verdade, o esporte brasileiro não faz nada além de reproduzir a política do país: uma total e completa piada em eventos mundiais. Exceto na Copa do Mundo, que é um torneio que o Brasil realmente se dedica, que tem um histórico glorioso, onde os jogadores lutaram e conquistaram o maior número de títulos de toda a história do evento. E daí?! Hoje em dia não há mais jogadores que levam a sua profissão a sério mesmo. Prova disso são os próprios campeonatos nacionais e regionais, onde os jogadores aparecem pálidos, com olheiras e nitidamente de ressaca. Fazem farras em véspera de jogos, aparecem em festas e bebedeiras nas madrugadas, não aguentam mais um jogo inteiro, mas por que? O que acontece que hoje em dia a maioria dos jogadores de futebol adotam o estilo Garrincha de vida? Só que não é totalmente Garrincha, não. Garrincha podia ter problemas de alcoolismo, mas ia jogar e nunca fazia feio como os boêmios futebolísticos de hoje em dia. Acontece que hoje em dia não é só bebida alcoólica. Eles se destroem com coisas piores, drogas mesmo... Calma, não se pode generalizar! Nem todos os jogadores são assim... claro, os que não se drogam, acham uma droga jogar de graça pelo seu país quando poderiam estar jogando por dinheiro no clube em que são contratados. E que azar: seu país vem a ser logo o Brasil, um país governado por gente que não tem amor pelo que faz, vai essa gente ter amor pelos atletas que foram lá para Europa disputar medalhas com potências mundiais no esporte?! E será mesmo que algum desses atletas vai querer fazer bonito lá fora, chegar aqui depois dos jogos olímpicos e ser recebido por essa corja hipócrita que não liga a mínima para o esporte nacional?! É assim mesmo que acontece. Quando um atleta, de qualquer modalidade consegue uma medalha de ouro nas olimpíadas e sobe ao ponto mais alto do pódio, se torna inevitavelmente conhecido pelo munto inteiro. Se for brasileiro então, aparece por um dia inteiro na televisão. Vão os vermes vasculhar a vida do coitado, contar como era uma bosta a vida que ele levava, o barraco em que passou a infância, a precária escola em que estudou, o centro de treinamento em que treinava com sonhos iguais aos de qualquer brasileiro pobre.
Enfim, o atleta se sacrifica por toda a sua vida até aquele glorioso momento e quando chega ao Brasil, vai toda aquela escória política recebê-lo, cumprimentá-lo, posar ao seu lado com a sofrida medalha, com um sorriso falso como quem diz: "Vê esse 'herói nacional'? Fui eu quem o fez!", como se qualquer classe governamental desse alguma importância para o esporte e para os atletas.

Voltando ao futebolzinho da nossa gente, classificados para as finais das olimpíadas, terá a tarefa de disputar a medalha de ouro com a seleção do México...
Bom, sinceridade sempre foi um ponto forte nos meus textos, então lá vai!
Quem gosta de futebol e da seleção brasileira, com toda certeza está cheio de esperanças agora, pois a Seleção Pentacampeã mundial terá nova chance de conquistar o ouro nas olimpíadas!
Agora quem é que gostaria de ver aquele bando de cansado com a gloriosa e inédita medalha no peito?? Cada um com um penteado diferente, aliás, metade de moicano e a outra "capilarmente" um pouco mais sensata... e aquele "bonitinho", que já não sabe mais o que fazer com aquilo que chama de cabelo, que na verdade mais parece um rabo de tamanduá bandeira na cabeça, mas ninguém vai admitir como alguém consegue deixar o próprio cabelo tão ridículo... e nem mencionei a franjinha presa.
A verdade é que essa seleção, vai saber com que sorte do destino, chegou até a final das olimpíadas e disputará o ouro, sim, mas cabe somente a eles se realmente vestirão a camisa ou se ficarão olhando para as chuteiras e ajeitando o cabelinho. Sinceramente, se não ganhassem seria até melhor, pois com tanta seleção mais dedicada, logo esse desanimado elenco vai se tornar inesquecível?! Pela minha torcida, que percam.

sábado, 4 de agosto de 2012

Feita do Regalo

Dia 31 de Julho, Dia do Orgasmo!!! Imagino o que em outros países devem pensar como é um dia desses aqui no Brasil... Não queiram saber o que eu penso dos que fazem jus a tal ideia dos gringos!
Não que todo brasileiro passe uma má impressão do seu país lá fora, mas aqui dentro, quem vem de lá, só vê bunda de fora e gente se roçando. Não é exagero! Prova disso é o tal de carnaval... de festa grega em agradecimento pela colheita da terra, foi rebaixado a um quatríduo de pura bebedeira, farra e coitos inconsequentes.
Na verdade, pouco me importa os que amam carnaval, que vivem dele, para ele ou morreriam por ele. Na verdade acho até uma festa muito bonita, com os desfiles das Escolas de Samba. O que me preocupa mesmo é a imagem que esse comportamento passa.
É verdade que ninguém está no mundo para agradar os outros, mas daí a denegrir a imagem da pátria já tem uma grande diferença.
Muita gente visita o Brasil achando que a vida aqui não tem regras, que as pessoas não têm pudor, que são extremamente fáceis e burláveis. Isso afeta o respeito dos brasileiros lá fora. Brasileiro é bem-vindo em qualquer país, mas não é só pelas qualidades que temos, mas em importância maior,  pelas facilidades que os outros acham que oferecemos.
É uma bela reflexão, mas já me prolonguei demais em assunto sem suma importância. Só desejo que, para cada intelecto do estilo "Sonnen" sobre o Brasil, exista um "Spider" para impor o respeito que nós, trabalhadores que levamos o nosso país a sério, mesmo diante de tanto palhaço e corrupto, merecemos.

Vamos ao assunto que realmente importa.

Não é para se falar dos gringos tarados, dos brasileiros malandros nem das "periguetes" papa-dólar.
O assunto são os levianos daqui mesmo, os males internos, as pessoas que acham que, no Dia do Orgasmo podem deixar sentimentos de lado. Não só nesse dia, mas há uma escória que faz isso todos os dias...
Leviandade por leviandade, falemos dos que a praticam aqui, com os seus compatriotas.
Como ia dizendo... Dia do Orgasmo!!! Um Viva à Vila Mimosa! Que há gerações abriga profissionais do sexo, que se dedicam 365 dias do ano a proporcionar tal prazer aos mal-amados, tarados e infiéis do nosso país.
Um Viva também às madrinhas de Escolas de Samba! Que todo ano se alternam frente às baterias das Escolas, rebolando e fazendo os pandeiristas desdentados sorrirem e fazer qualquer estudante de odontologia ter orgulho em saber que desempregado(a) não fica...
Um Viva às "periguetes" também, claro! Que fazem o mesmo tipo de serviço que as profissionais do sexo... só que não cobram...
Ainda na corja das "periguetes", um Viva às funkeiras! Que adoram ir aos bailes rebolar com as suas bundas espremidas naquelas calças que serviriam em qualquer um dos seus 5 filhos com faixa de idade de 2 anos.
Apesar de tantos Vivas, as minhas congratulações mais dedicadas serão dirigidas, por esse orgasmático dia, aos idiotas que procuram esse tipo de futilidade... Rapaz, se você é funkeiro, engravidou a "periguete espremida" e depois sumiu naquela fumaça fedida no baile funk, um Viva para você!!! Mas tenho um conselho: vá assumir o seu espremidinho...
E você, infiel que dedica certa porcentagem do seu salário no sustento das profissionais do sexo da Vila Mimosa e já passou chato para a sua namorada ou esposa umas três vezes, um Viva para você também! Mas também tenho um conselho para você: depois de visitar o urologista, visite um psicólogo...
Um Viva também aos que vivem pelo orgasmo sem amor, sem carinho, leviano, promíscuo e inconsequente!
Ah, e claro, como pude esquecer! Um Viva também aos engravatados de Brasília! Que apesar de não causarem orgasmo a ninguém, continuam nos fodendo e acreditando piamente que gozamos com isso!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Coqueiro e o Pássaro



Pede um encontro, fecha os olhos, respira fundo e diz o que sente, antes que seja tarde demais. Larga o orgulho, que leva à solidão, à tristeza e à depressão. Se esses caminhos do orgulho fossem bons, as pessoas não nasceriam em uma sociedade, entre afetos e amores, mas brotariam em ilhas desertas, como coqueiros. Altos, fixos e sem nada por perto além de água e sal.
Mesmo um coqueiro solitário e árduo pelo sal da solidão não fica sozinho. Sempre haverá um pássaro que lhe fará um ninho, que lhe mostrará a sublimidade da vida e lhe trará o desejo da companhia e o prazer de amar e ser amado.
Não sejas tu um coqueiro por opção, pois quando te arrependeres, tuas raízes podem estar tão rígidas que nem o mais forte desejo te moverá, e não poderás sair de onde estás, não conseguirás unir-te aos amados pássaros, que agora voam com os seus. A chuva te castigará, o frio te ressecará, o vento te arrancará as folhas e a salgada tormenta das águas te ferirá, e se mesmo assim deres frutos, esses cairão no nada, e nada serão. Nada além de cocos afogados, assim como os teus desejos de amor, pois cocos não amam, cocos não são amados, cocos não voam. Apenas caem e ferem com as suas dureza e aspereza cultivadas pela solidão.
E lá continuará sempre o coqueiro. Duro, áspero, seco, desfolhado, rezando para um próximo pássaro o escolher como abrigo por um tempo, mas logo novamente será abandonado.
Vive feliz o pássaro, que vive, que voa, que ama, cria e é amado, que a cada alvorada canta, apesar da nostalgia dos erros do dia anterior. Não há pássaro que não cante, com asas que não tenham voado, pelo amor de ser amado.
Tens a escolha. Escolhe o que tens e busca o que queres, pois terás assim asas, e voarás tão alto que nem o mais alto coqueiro te enxergará. Apenas te vislumbrará quem quiseres, quem levares contigo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Desmundo


Aos que criam seus filhos cercando-os de mimos e materialismo; aos que vivem de interesses capitais e para isso dedicam toda uma vida apenas pelo dinheiro; aos que buscam sempre um benefício próprio e para isso, prejudicam seja lá quem possa estar atrapalhando-as, voluntária ou involuntariamente; aos que se “isolam” do mundo, generalizam as pessoas e acham mais fácil ficarem sozinhas do que aproveitarem o melhor da vida lidando com os defeitos alheios; aos que acham mais fácil ficarem chorando ao invés de tomarem uma atitude; aos portadores de sentimentos avessos; aos não-portadores de sentimentos; aos que acham que a ignorância move o mundo, e movem-se igualmente através dela; aos que veem o mundo se mover e não se movem; aos que acham a grama do vizinho mais verde, mas nunca se perguntaram se a grama dele saiu mais caro; aos pseudo-felizes no antissocialismo; aos que odeiam “macumba” e curam o fígado com chá de boldo; aos mal amados que a auto-piedade só os deixa verem os defeitos dos outros; aos revoltados com o atraso das obras para a Copa do Mundo que não dão 10 centavos ao mendigo da esquina; aos beneficiados do Bolsa Família que postaram aquele alô pelo Smartphone nas redes sociais da internet; aos que querem tchu; aos que querem tchá...

Feliz sexta-feira 13.
Feliz dia mundial do Rock.

Estou de volta.