Epopeias de uma nação mentalmente marasmada produzidas sem a censura do horário nobre imposta pela sociedade.

sábado, 14 de setembro de 2013

Infinitivo


Viver num mundo porco, deprimente, anormal e aversivo, capaz de aprazer os mesquinhos...
Perceber a verdadeira origem de tal porcaria: a humanidade, um câncer no planeta, com o fardo de adoecer cada vez mais seu habitat.
Um mundo doente de humanos, a tentar expurgar tal doença, acabar com o deteriorante mal.
Identificar-se nessa classe, reconhecer a contribuição para o mal, sentir-se em harmonia com a metástase cancerígena que o mundo não quer cultivar em si.
Procurar um motivo por ainda ter chance, tentar enxergar o motivo de ainda viver...
Viver às cegas, sem encontrar um porquê para tal martírio, vislumbrar os pés a cada decepção, sem saber realmente o que fazer.
Padecer em vida, perder tempo no presente ao lamentar o passado...

Desesperar-se...
Refletir...
Indignar-se...
Levantar...
Controlar-se...
Confiar...
Permitir-se...
Indagar...

Libertar-se...

De quem? De si próprio, da prisão interior.

Autognose.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ambulemos em concórdia

Tudo ficará bem, nós temos um ao outro. Sim, tu me tens como nunca alguém foi de outrem... E eu te quero na mesma intensidade!
Os obstáculos mais cruéis afetam-me como brisa no rosto quando estás comigo: não são nada.
Teu aroma de flor invade-me as narinas, causando-me êxtase, e onde quer que eu esteja, esse lugar tornar-se-á o paraíso ao teu lado... e neste paraíso, tu és minha fonte de luz, tua alva pele me reflete a pureza de teu tempo, pois quando vislumbro-te como diva que me és, te deixo dominar-me mesmo enquanto dormes, pois sei que em teus braços sou seguro, como uma árvore que se afixa na terra e deixa-se segurar pelo inconstante solo que a alimenta.
E tu és o alimento do meu coração, que agora necessita de ti para bater, és a claridade dos meus olhos, que agora necessitam da tua luz para ver.
E é por tudo isso que eu te digo: tudo ficará bem, pois como te vejo, quero que me vejas, com toda a admiração que te tenho, tenha-me. Por todo o tempo, em todos os tempos, segure a minha mão quando tudo parecer perdido, eu te tirarei da escuridão, te mostrarei o caminho e irei ao teu lado se quiseres, irei na tua frente se temeres, irei atrás de ti se souberes, pois esse é o intuito do amor verdadeiro.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Indecisão e decepção



A indecisão é algo que está sempre assombrando o Ser Humano. Em tudo o que se faz, vê ou ouve, o Homem tem dúvidas, mesmo sendo algo que lhe acontece justamente para eliminar algumas dessas dúvidas. Nada lhe é suficientemente convincente, essa é a verdade, o homem só acredita mesmo naquilo que quer,  rara e temporariamente acredita no que lhe é provado.

A dúvida estará sempre acompanhada de nós, mesmo que tenhamos motivos para ter certeza, seremos assombrados por ela, e ao tomarmos certa decisão, ficaremos pensando o que teria acontecido se tomássemos outra. A vida é assim, um espetáculo de assombros produzidos pela dúvida.
Na vida espiritualista se combate esse mal, onde é pregado a cada um que é necessário crer para ver, e não o contrário, mas é difícil adotar tal filosofia quando as pessoas ao redor nos decepcionam. Cada um procura refúgio na espiritualidade por problemas, buscando uma prova convincente de que há saída para cada um de seus males, que tanto lhes flagelam com seus vícios e os pensamentos de que não há escapatória para eles.
Uma pessoa com problemas emocionais recorre a euforias para se satisfazer, mesmo que momentaneamente, e muitas vezes nem se dá conta disso, tornando-se dependente dessa sensação passageira sem perceber, e quando desperto, já está no fundo do poço, ou próximo dele.
Às vezes convivemos com pessoas que nos parecem ser portos de segurança, onde nos agarramos aos seus conselhos como conforto real de todo o mal que causamos a nós mesmos, e um dia, vemos o lado humano dessas pessoas, e novamente, nos decepcionamos, porque são vistos como modelos para combatermos nossas mazelas.
A idolatria sempre caminha ao lado da decepção, pois num dado momento de desespero, ao se refugiar em conselhos alheios, passa-se a ver o conselheiro como alguém realmente importante para se superar os problemas, que corroem por dentro, mas esse conselheiro geralmente também é humano, ou se não for, é criação da humanidade, o que acaba, da mesma forma, decepcionando, mais cedo ou mais tarde.
O Antropocêntrico toma-se de decepção. O Teocêntrico perde a fé. Isso é a vida, uma espada em constante penetração na carne de cada um, onde quem a segura, torna-se um salvador em potencial, mas quando esse que a segurar afundá-la ainda mais na carne, será uma decepção ainda maior do que a anterior, porque cada um que pode empunhar essa espada está envenenado pela hipocrisia, contaminado pelo câncer de alcunha humanidade.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Vaidade, caráter e caridade sexual

Vaidade! Medíocre sintonia com a luxúria que move as celebridades. Não há um famoso que não seja vaidoso, que não use maquiagem para passear na praia ou fazer qualquer atividade cotidiana. Todos os dias essas pessoas fazem o possível e o impossível para parecerem o mais "lindas" possível. 
As mulheres então, fazem cirurgias de todo tipo...
Com toda essa baboseira de se preocuparem demais com a própria imagem, acham-se "caridosas" ao demonstrarem interesse por homens que não acham tão bonitos ou ao nível delas... Francamente, um tipo de atitude deplorável de gente que se acha uma divindade entre insetos.
A seguir, uma reportagem típica de tal escória...



Sete quilos mais magra, Geisy Arruda posa e fala de sexo pós-cirurgia

EGO - Sete quilos mais magra, Geisy Arruda posa e fala de sexo pós-cirurgia - notícias de Sensual:

'via Blog this'

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Turbulência


Há certos dias em que se acorda com uma sensação de culpa, de arrependimento pelos erros que se insiste em cometer, onde a nostalgia consome e, logo depois, vem uma insaciável vontade de se melhorar, mas a auto-piedade não deixa enxergar um caminho para resolver tais mazelas e acaba se perdendo entre sensações ruins e desejos sem norte.
Diante disso, sente-se uma profunda sensação ruim, onde parece que corpo e alma se avertem, como se a alma fizesse uma força descomunal para se separar do corpo. Os chackras se carregam, ficam extremamente pesados, parecem nós emocionais feitos de chumbo, que são carregados durante dias.
Durante dias a solução não vem. Durante dias pesa mais e mais. Durante dias caminha-se por turvas nuvens de sensações sem controle e irreconhecíveis.
Depois de um tempo, tudo se ameniza, mas não passa completamente. O peito ainda fica dolorido, a consciência ainda pesa, o peso ainda atrasa, a nuvem ainda cega, a visão ainda apavora e então vem a certeza de que nada se dissipará até que se encontre o real motivo de tanta agonia. Poderia viver com isso por um tempo, mas não muito. Uma hora matéria ou espírito haveriam de reagir e adoeceriam. Colocariam à mercê da indisponibilidade, onde a dor seria pior, o medo maior, mas a mente terá mais tempo para encontrar uma solução. Solução essa que, até então, não se teve amor próprio suficiente para encontrar em saúde. Por isso tão alto preço.
Aprende-se a amar mais, a ser mais racional, a ter mais equilíbrio, a limpar a vista quando houver nebulosidade: eis uma áurea oportunidade de autocrítica sem autopiedade.
Alma e corpo harmonizam-se, o peso começa a se dissipar, a visão passa a ser mais clara. Um agradável formigamento na fronte abre a mente e com a mente mais aberta, enxerga-se mais, avalia-se mais, e novamente brota a necessidade da mudança. Menos culpa, menos desespero, porque há mais racionalidade para encontrar a trilha, mais esperança para trilhar o caminho, mais equilíbrio para caminhar.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

E esse mundinho que não acaba...


Fim do mundo? Todos os dias há Apocalipses por aí! Uma interpretação idiota de uma cultura mal conhecida torna as pessoas igualmente idiotas. O Ser humano se apraz com um fim para tudo, desde que seja incentivado a fazer tudo aquilo o que sempre teve medo. Segundo interpretações do calendário Maia, o mundo acabaria dia 21 de dezembro de 2012. Foram produzidos filmes, fundadas comunidades que pregavam tal ocorrência, que colocavam medo nas pessoas e as induziam a fazer as mais desprezíveis loucuras antes da súbita e inevitável morte. A humanidade gosta de achar que o mundo um dia acabará para todos, gosta de imaginar aquelas catástrofes naturais que acabariam com a possibilidade de vida na Terra, colisões de meteoros, explosões sem fundamentos, caos por todos os lados, e de repente, todos são pulverizados com a nossa querida Terra.
Não, isso não acontecerá. Você que fez dívidas achando que nunca pagaria, que agiu inconsequentemente pensando que nunca teria que arcar com as responsabilidades, que ofendeu quem sempre odiou apenas para se sentir melhor antes de morrer atropelado por um meteoro, que terminou um casamento perfeito apenas para viver os últimos dias da Terra da forma mais mundana possível, tenho uma notícia: foi você quem acabou com o seu próprio mundo, idiota.
Na verdade, esboçando opinião própria deste que vos redige, pode-se enxergar dois pontos de vista diferentes sobre tal tipo de apologia: um seria exatamente a revelação de escórias explicitadas acima; outra seria uma forma libertadora de repressões sociais depreciativas.
Usando de linguagem popular, algumas pessoas realmente "perdem a linha" em situações como essa, fazendo coisas que se arrependeriam, que nunca fariam se lhes houvesse a esperança de um amanhã, achando que o mundo realmente acabaria; mas há também o outro lado da moeda, vislumbrado por pessoas de consciência mais apurada, que agem em benefício próprio, mas com visão e consciência de que o bem interno reflete na melhoria do meio em que vivem. São poucos, raros, mas existem.
É preciso que se enxergue o organismo vivo que o nosso mundo é, e como tal, também evolui. O mundo não acabou, não acabará, ele está em constante processo de mudança, evoluindo com isso e apenas se tornando insuportável para alguns. Nada mais.