Epopeias de uma nação mentalmente marasmada produzidas sem a censura do horário nobre imposta pela sociedade.

sábado, 14 de setembro de 2013

Infinitivo


Viver num mundo porco, deprimente, anormal e aversivo, capaz de aprazer os mesquinhos...
Perceber a verdadeira origem de tal porcaria: a humanidade, um câncer no planeta, com o fardo de adoecer cada vez mais seu habitat.
Um mundo doente de humanos, a tentar expurgar tal doença, acabar com o deteriorante mal.
Identificar-se nessa classe, reconhecer a contribuição para o mal, sentir-se em harmonia com a metástase cancerígena que o mundo não quer cultivar em si.
Procurar um motivo por ainda ter chance, tentar enxergar o motivo de ainda viver...
Viver às cegas, sem encontrar um porquê para tal martírio, vislumbrar os pés a cada decepção, sem saber realmente o que fazer.
Padecer em vida, perder tempo no presente ao lamentar o passado...

Desesperar-se...
Refletir...
Indignar-se...
Levantar...
Controlar-se...
Confiar...
Permitir-se...
Indagar...

Libertar-se...

De quem? De si próprio, da prisão interior.

Autognose.