Epopeias de uma nação mentalmente marasmada produzidas sem a censura do horário nobre imposta pela sociedade.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Banal Bullying


Enfim, um tema moderno. Essa novidade vem sendo comentada na televisão todos os dias. Mas afinal, o que é bullying? Superficialmente, seria algo como abuso repetitivo contra uma pessoa. Mas o problema que pretendo abordar não é esse.
O problema é a moda que isso está se tornando. Bullying não é uma palavra criada para ser dita todos os dias. Muito menos um assunto para virar moda por qualquer motivo. O assunto mal foi evidenciado e já o estão banalizando. Sinceramente, já acho meio errado a criação desse termo, até porque existem muitos outros termos para o tipo de fato que o bullying evidencia. Abuso nas escolas existe, sim. Existe em qualquer lugar. Inclusive a repetitiva. O problema é que TODO tipo de "abuso" tem sido comparado a bullying. As pessoas têm achado que qualquer situação que as possa incomodar de alguma forma pode ser definida como bullying. Sendo assim, as guerras no Oriente Médio seriam bullying com o Islamismo? Alguém que não gosta de relações homossexuais declarar isso publicamente estaria praticando bullying com os homossexuais? Se um político que prometeu mundos e fundos for eleito, e depois for cobrado por vários eleitores na rua, seria vítima de bullying? Acredite: há quem ache que sim.
Se continuarmos nesse ritmo, muito em breve, se um professor chamar a atenção de um aluno que não para quieto na sala de aula poderá ser processado por bullying por esse aluno. Um funcionário que tem sua atenção chamada por vários erros poderá também processar seu patrão.
O fato é que, por medo dessa palavra, as pessoas não querem mais dar sua opinião sobre determinados assuntos. Não há mais senso crítico, o medo está fazendo as pessoas se calarem, pois acham que qualquer palavra que disserem as pode comprometer. Elas acham que, a partir de um momento em que disserem alguma coisa que possa ofender outra pessoa as pode comprometer pro resto da vida. Tudo por medo do tal bullying. Isso porque, se há alguma cláusula na legislação que determine o que pode e o que não pode ser considerado bullying é completamente ignorada. Tanto por quem diz ser vítima quanto por quem tem medo de ser considerada agressora.
O significado de bullying vem se tornando um bullying contra a opinião própria, o senso crítico e o respeito à opinião alheia. Eu, como escritor nesse blog, posso algum dia ser considerado como agressor se alguém ler um texto meu e se sentir ofendido. Talvez blogs passem a ser proibidos por serem fontes de publicação de opiniões diversas. Redes sociais não poderão mais existir, pois exibem perfis de pessoas, e isso pode agredir alguém que não gosta de pessoas... Exagerado??? Então continuem deixando a corda solta para ver o que acontece...

sábado, 4 de junho de 2011

Preguiça de pensar

Existem pessoas que sabem ser muito irritantes quando querem. Principalmente quem não sabe nada no emprego e têm preguiça de aprender, e quando estão perdidas, pedem ajuda à primeira pessoa que veem. Se você está no trabalho, perto de uma pessoa que não sabe nada da função que exerce, você está perdido... Não é uma opinião genérica. Não acho que todas as pessoas sejam assim. Apenas as que não sabem absolutamente nada do trabalho o qual são pagas para fazer e simplesmente não fazem o mínimo esforço para aprenderem. Eu disse ABSOLUTAMENTE NADA.
Tudo bem que, ao se mudar para uma função no trabalho que nunca exerceu na vida, qualquer pessoa, homem ou mulher, terá problemas para fazer as coisas. Até porque não saberá nada mesmo do que nunca fez na vida... evidente. Mas daí a não saber tirar o negrito de um texto, ou usar o teclado de uma máquina de escrever, há uma grande diferença.
Quero deixar claro que não tenho nada contra essas pessoas. Mas elas conseguem ser desagradáveis... principalmente se eu for a pessoa que estiver perto delas quando estiverem perdidas no trabalho.

Há algum tempo eu venho passando por uma situação bem parecida com essa. Talvez eu esteja sendo crítico demais, mas sinto um profundo mal-estar ao perceber que pessoas, por se acharem portadoras de grande beleza física, acham que podem pedir qualquer coisa para os outros que vão conseguir. Qualquer coisa MESMO. Não me incomodo com quem está aprendendo. Até porque sou professor. O que me incomoda mesmo é a preguiça que as pessoas têm de aprender.

A cada dia que passa percebo menos vontade de as pessoas exercitarem sua intelectualidade. Parece-lhes mais fácil, num momento de desespero, gritar o nome de quem sabe do que procurar encontrar suas dificuldades no trabalho e pesquisar uma forma de aprenderem.
Eu não entendo como uma pessoa pode demonstrar humildade em momentos casuais, e numa situação onde realmente não sabe o que fazer, simplesmente pedir para que seja feito aquilo que não sabe. Possivelmente aí está a chamada lei do menor esforço: "Pra que aprender, se tenho quem faça por mim quando eu realmente precisar?". Mas e quando a pessoa não puder ajudar? E se ela não estiver por perto quando precisar de alguma ajuda? Não é todo mundo que tem bom coração, e não se segura a mão de qualquer um para caminhar com a gente.
Eu sempre tento estar disposto a ajudar, mas existem certos abusos que, sinceramente, poucos aturam. E estou vendo que para um "hit combo" de abusos, até que eu tenho sido bem paciente. Também odeio ter que ser rígido com as pessoas. Principalmente porque, por eu ser sempre calmo, acabo assustando as pessoas quando demonstro um pouco de estresse. Mas também, fala sério. Ninguém é perfeito. É justamente por isso que estamos neste mundo. Por mais que as pessoas se sintam ou pareçam ser diferentes, somos todos iguais. Estamos todos sobre o mesmo solo. E é isso o que nos torna iguais.