Epopeias de uma nação mentalmente marasmada produzidas sem a censura do horário nobre imposta pela sociedade.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

E esse mundinho que não acaba...


Fim do mundo? Todos os dias há Apocalipses por aí! Uma interpretação idiota de uma cultura mal conhecida torna as pessoas igualmente idiotas. O Ser humano se apraz com um fim para tudo, desde que seja incentivado a fazer tudo aquilo o que sempre teve medo. Segundo interpretações do calendário Maia, o mundo acabaria dia 21 de dezembro de 2012. Foram produzidos filmes, fundadas comunidades que pregavam tal ocorrência, que colocavam medo nas pessoas e as induziam a fazer as mais desprezíveis loucuras antes da súbita e inevitável morte. A humanidade gosta de achar que o mundo um dia acabará para todos, gosta de imaginar aquelas catástrofes naturais que acabariam com a possibilidade de vida na Terra, colisões de meteoros, explosões sem fundamentos, caos por todos os lados, e de repente, todos são pulverizados com a nossa querida Terra.
Não, isso não acontecerá. Você que fez dívidas achando que nunca pagaria, que agiu inconsequentemente pensando que nunca teria que arcar com as responsabilidades, que ofendeu quem sempre odiou apenas para se sentir melhor antes de morrer atropelado por um meteoro, que terminou um casamento perfeito apenas para viver os últimos dias da Terra da forma mais mundana possível, tenho uma notícia: foi você quem acabou com o seu próprio mundo, idiota.
Na verdade, esboçando opinião própria deste que vos redige, pode-se enxergar dois pontos de vista diferentes sobre tal tipo de apologia: um seria exatamente a revelação de escórias explicitadas acima; outra seria uma forma libertadora de repressões sociais depreciativas.
Usando de linguagem popular, algumas pessoas realmente "perdem a linha" em situações como essa, fazendo coisas que se arrependeriam, que nunca fariam se lhes houvesse a esperança de um amanhã, achando que o mundo realmente acabaria; mas há também o outro lado da moeda, vislumbrado por pessoas de consciência mais apurada, que agem em benefício próprio, mas com visão e consciência de que o bem interno reflete na melhoria do meio em que vivem. São poucos, raros, mas existem.
É preciso que se enxergue o organismo vivo que o nosso mundo é, e como tal, também evolui. O mundo não acabou, não acabará, ele está em constante processo de mudança, evoluindo com isso e apenas se tornando insuportável para alguns. Nada mais.