Epopeias de uma nação mentalmente marasmada produzidas sem a censura do horário nobre imposta pela sociedade.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Idiotia Cavalar

Aaahh, o verão está chegando! Preciso organizar minhas horas livres para poder passar mais tempo na academia, ficar saradão pra azarar as gatinhas na praia... Se não der praia?! Não tem problema! Eu organizo uma festa lá no meu apê, vai rolar um "tchê tchererê tchê tchê tchererê tchê tchê..." e até bunda-lelê!
O quê?! Doméstica vai ter direito a aposentadoria? Doméstica tem direitos? A lá do meu apê só tem direito de almoçar depois que arruma as bagunças das festas... Limite do Simples vai aumentar? Pra ser simples tem limite agora?!... Eu sou uma pessoa simples, pô! Aah, já sei! Quem passar desse tal limite vai ter que declarar imposto de renda, né?! Aí "tchê tchererê tchê tchê tchererê tchê tchê..."
Ah, e preciso comprar esse novo CD do Pop Sertanejo! Não vivo sem esses universitários! Eles são tão inteligentes, né?! São universitários!!! Adoro aquela "tchê tchererê tchê tchê tchererê tchê tchê..."
E esse verbo novo, "Sancionar"? Que verbo é esse, é novo né?! Aposto que é mais novo que o "Twittar"... esse eu conheço! Sei até conjugar, ó: eu twitto, tu twitta... Twitta tu... enfim, sei usar verbos, tá?!
E agora tá na moda matar gente com aqueles panos na cabeça, né?! Vejo direto na tevê... Vira e mexe, tem um que "tchê tchererê tchê tchê tchererê tchê tchê"... e vai pra cova... Já foi Saddam, Bin Laden, Kaddafi... Mas eu não gosto muito desses assuntos... prefiro festas, baladas, "tchê tchererê tchê tchê tchererê tchê tchê"...
E o bule tava na moda também, agora é proibido. Principalmente nas escolas... Então, café agora só em cafeteira elétrica?! Isso é golpe de marketing!!! Qualquer coisinha, os pais são chamados na escola, e "tchê tchererê tchê tchê tchererê tchê tchê"... Na verdade ainda não entendi muito bem esse negócio de bule... Gosto mesmo é de festas, baladas, muita bebida, mulheres sem pudor, loucuras e farras no apê com "tchê tchererê tchê tchê tchererê tchê tchê" e bunda-lelê...
Política também odeio! Ainda mais depois desse governo agora... Imagine só! Desde a década de 90 que tem o tal mensalão! E ainda elegem pela terceira vez alguém do mesmo partido... Que povo burro! E tem também esse negócio que odeio de a gente ser obrigado a votar. Isso é muito chato! Ter que ir lá na zona, fazer fila pra votar, é muito "tchê tchererê tchê tchê tchererê tchê tchê"... Votar deveria ser facultativo. Vai quem quer, e quem não quiser, não vai.

E aí, se encaixou em algum ponto desse perfil? Então vá se tratar...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Açim naum dá...


Fala cério, açim naum dá... A jente trabaiamo, istudamo, se esforssamo pra caranba, e as peçoas paressem naum ter conciderassão com noço esforsso. Eu naum corrígio as peçoas porque çou mais intelijente, naum. Corrígio por que num guento mais vê jente iscreveno herrado! Um ou doiz herros, tudo beim, mais iscrever coizas tão herradas ao ponto de noz faser cuaze xorar naum dá, namoral. É craze desneçeçária, sedilha aonde naum deve, jíria de enternet em redassão de comcurço...

Paresse que as peçoas estaum ficano mais piora cada dia! Naum çabem uzar, virgúla assento, ífeim. Tudo beim qe a reforma hortografica hajudou muinto com relassaum ao ífeim, mais virgúla naum mudo nada, neim dezinenssia verbau ou nomenau... muinto menuz as crace de palavraz.
Eu, como profeçor de lingoa portugueza cei qe as lingoas e hindiomas ção horganizmos vivos, por qe mudão com o tenpo e vaum çe hevoluino... mais teim regraz qe naum mudão, qem mudão é çó as palavra. Poriço qe teve as mudanssa na hortografia, por qe tinha palvraz nova, e não hesqrita herrada, porezemplo.
Adolessentes perden mais tenpo na enternete escreveno herrado do qe leno um livro. Resultado diço é coizas inscrita herrada na enternet, e o pobrema vira uma bola de nevi, por qe o húnico meio de comunicassão qe eles teim taméin tá herrado, bezonhamemte herrado. É cério, a cituassão tá calamitoza. Só qem lida con iço con frecuenssia é qe çabe. É bão o polvo procura ler maiz dissionario, gramantica... Afenal, é da noça lingua qe ce trata o pobrema.
Nimguem gozta de ler palavras inscritas herrado. Eu inscrevi açim pra todo mundo ver como é rúin, mais dessidi inscrever um testo peqeno por qe naum guento maiz inscrever herrado.


OBS: Exclusivamente, os comentários para este texto não passarão por correções...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Que comece a Grande Gira!

Em pleno feriado de 7 de Setembro, estava eu ociosamente em casa, quando resolvi pegar meu filho para passarmos o dia juntos. Saí de casa, fui ao seu encontro e o trouxe em meio a sons e brincadeiras, quando, ao passar em frente à rua onde se encontra o Terreiro de Umbanda que frequento, me veio à mente a lembrança de que aquele dia teria Rito, e que eu não poderia deixar de assistir por alguma extrema importância que ainda não sabia qual era. Passei o dia com meu filho sentindo uma profunda sensação de necessidade em estar presente no Rito daquela noite, e já que sabia que me sentiria muito mal se não fosse, eu levei meu filho de volta para a mãe dele mais cedo e fui assistir aos Trabalhos.
Tudo aparentava normalidade: a chegada, a espera na fila, a entrada no Estabelecimento, a espera nos bancos da assistência... mas sentia uma energia diferente me rodear, como se a casa estivesse em uma harmonia maior comigo.
Era chegada a hora de pisar no Terreiro. Senti uma ânsia nunca sentida antes. Não fazia ideia do que aconteceria, mas estava quase eufórico; não tinha a ver com incorporação, pois algumas das minhas entidades já haviam incorporado, e sabia que era uma vibração diferente. Aquela fila parecia infinita.
Finalmente chegou minha vez. Bastaram cerca de cinco minutos... pus-me em frente ao Caboclo, e ele olhando-me por completo, meneou a cabeça positivamente, soprou a fumaça do seu charuto em mim e tudo se apagou... lembro-me dos flashes... alguns deles... já se apagaram da minha memória... mas lembro-me bem de quando recuperei a consciência, a alfazema me trazendo a lucidez, e aquela voz firme me dizia: "chegou a hora, filho."
Eu já sabia o significado daquilo, mas só pude sorrir e ouvir seus conselhos antes de voltar ao meu lugar, até então na assistência.
Terminada a Gira, tivemos um breve intervalo, e logo retornamos para fechar a Cirandeira...
- Mas, Seu Tranca...
- Tomou o banho de Cravo que eu mandei?
- Tomei sim, meu Pai...
- Então agora te quero ali na próxima Gira, ó. - disse Ele apontando para o canto do Terreiro onde ficam os Cambonos.
- Sim, essa semana ainda estarei lá.
E então, Seu Tranca me sorriu como nunca havia antes. Foi tão expressivo que senti como se meu corpo perdesse quilos...
E na Gira seguinte estava eu lá, exatamente onde ele havia apontado, e mais uma vez, o expressivo sorriso.
Fazer parte em um Templo espiritual se resume nisso: não é necessário alcançar um nível de integridade, moral ou espiritualidade. Basta que se sinta em casa, seja bem-visto pelos Irmãos-de-Santo. Não há nada melhor na vida do ser humano do que aprender e se disciplinar através do Sagrado. Não se perde oportunidades como essa, porque são únicas, raras. Mudam a vida, impulsionam no caminho evolutivo, abrem a mente, limpam os pontos de vista e nos fazem perceber a importância de cada pessoa no Mundo, através de um Mundo chamado Umbanda.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

FELIZ ANIVERSÁRIO


 - Parabéns!!! Feliz Aniversário!!! Muita felicidade pra você!
 Foi assim que minha família me acordou no dia do meu aniversário.
 - Hoje é o seu dia! Comemore!
 Este é o conselho que todos me deram.
 Pensei muito em aproveitar meu dia: Sair com a namorada, passear com a família... Qualquer coisa que fizesse minha rotina ser quebrada.
 Mas de repente, veio a lembrança que hoje é sexta-feira! Dia de trabalho! Levanto-me correndo, vou tomar meu banho, corro pro quarto, me arrumo às pressas, tomo meu café da manhã, saio correndo pra pegar o ônibus.
 Mas espere aí! Eu deveria estar dentro daquele ônibus que está saindo do ponto! Corro desesperadamente para alcançá-lo... Em vão.
 Como não há mais nada a fazer, fico sentado no ponto pensando no que meu patrão falará quando eu chegar.
 Finalmente! Chegou outro ônibus! Olho o relógio: 7:55h. As possibilidades de chegar na hora são remotíssimas! Mais fácil passar um elefante voando! Tudo bem. Antes tarde do que nunca!
 Chego ao trabalho: 8:10h. Meu patrão olha para mim, olha para o relógio...
 - Bom dia.
 - Bom dia? Não seria melhor você desejar boa tarde?
 - Desculpe, perdi o ônibus. 
 - Perdeu? Por acaso você chegou a encontrá-lo?
 - Quando eu estava chegando no ponto, ele arrancou. Não pude fazer nada!
 - Pôde sim! Pôde ter acordado mais cedo!
 - Desculpe...
 - Você tem esse monte de processos para acompanhar, precisa emitir os relatórios das empresas que te pedi. 
 - Vou fazer... pode deixar...

 Sigo em direção à minha mesa. Mal consigo encontrar a cadeira! Saio para resolver os processos. Demoro horas, e quando volto... 
 - Onde você estava? Onde foi? 
 - Estava resolvendo os casos dos processos. 
 - Mas precisava demorar tanto? 
 - Havia muitas filas. 
 - Você demora demais! Precisa ser mais ágil. Quero que vá ao banco. 
 - Mas os relatórios...? 
 - Depois você faz, vá ao banco, pague essas contas e faça esse depósito.

 Quando chego ao banco, uma fila quilométrica me faz pensar no que o maldito dirá quando eu voltar.
 Após uma hora na fila...
 - Seus pagamentos. 
 - O que é isso?!!! Você demorou muito! Acho que fica passeando na rua em vez de trabalhar. 
 - Não fico, não... 
 - Chegaram mais processos. Vá à prefeitura e apresente estes pagamentos para liberarem as certidões. 
 

 Sigo para executar o serviço. Tudo vai bem. Até eu voltar ao escritório.
 - Entregou? As certidões saem amanhã? 
 - Entreguei, sim, mas as certidões demoram 3 dias, você sabe disso. 
 - Mas eu preciso delas para amanhã! Volte lá e diga isso ao fiscal. 
 - Eles não adiantam assim. 
 - Mas eu preciso... Tenta lá.

 Volto à prefeitura, sem sucesso, invento algo no caminho...
 - Ele disse que vai tentar, mas não garantiu. 
 - Já é alguma coisa. Amanhã você volta lá. Emitiu os relatórios? 
 - Não, não tive tempo. Não parei na minha mesa. 
 - Então tira agora. Os sócios vêm pegar daqui a pouco!

 Sento-me à mesa e começo a processá-los... Dez minutos depois...
 - E então? Os relatórios estão prontos?
 - Ainda não... Você deixou me sentar aqui agora... 
 - Os sócios já estão a caminho! Acelera aí...!
 - Meu computador é lento, tenha paciência...
 - Tá, mas anda logo!

 Minha vontade é esmagar sua cabeça na parede...
 Quando "os sócios" chegam, ele os faz esperar por quase duas horas na recepção. Esse tempo me foi bastante para emitir os malditos relatórios. Nesse momento me pergunto: "Será que esse maldito me apressa só pra me deixar estressado? O que será que ele tem contra mim?". De repente sou interrompido: 
 - Dudu, pega o contrato da empresa.
 - Tá aí do seu lado!...
 - Pega pra mim, preciso dele.
 - É só você esticar o braço.
 - Estou lhe dando uma ordem! Vai cumprir ou não?
 - Você é folgado... 
 - Manda quem pode, obedece quem tem juízo. 
 - Mas você está abusando.
 - Quer perder o emprego? Com quem pensa que está falando?
 - Estou voltando à prefeitura. Me ligaram dizendo que falta essa guia.
 - Quando voltar vamos ter uma conversa. 

 Fui pra rua, dei uma volta, fiquei pensando no meu aniversário. Sim! Hoje é meu aniversário! Hoje é o meu dia... Meu dia? Não me lembro de tê-lo aproveitado... Por que é que o meu dia foi todo do meu chefe? Ainda estou aqui com o emprego ameaçado... Belo presente de aniversário!!! Se ele não soubesse, até entenderia, mas ele sabe e todos no escritório ainda me deram parabéns na frente dele. 

 Então o que será? Talvez esteja fingindo pra eu não perceber que estão preparando uma comemoração surpresa pra mim...? Espero que seja isso mesmo!!

 Resolvo voltar para o escritório, esperando que esteja tudo enfeitado, ou pelo menos o pessoal reunido para cantar parabéns para mim, mas, quando apareço na porta, um silêncio macabro toma conta do ambiente. Dirijo-me à minha mesa e... Olha meu presente! Uma Rescisão de Contrato de Trabalho...
FIM



Este texto foi escrito no dia 11 de Agosto de 2006, há exatamente cinco anos atrás. Seu objetivo principal era a demonstração de uma indignação com a chefia de uma empresa onde trabalhei. Como já faz muito tempo, senti-me na liberdade de compartilhar esta produção com meus caros leitores.
Espero que tenham gostado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Aos críticos...

Apesar de receber muitos elogios, várias pessoas me vieram falar que os textos do meu blog o tornaram assaz odioso. Eu já havia imaginado isso, mas não achei que outras pessoas também. Deveras, e na primeira postagem deixei isso bem claro, não criei este blog com a intenção de acariciar textualmente os caros leitores. Dou muito valor a cada comentário (mesmo que, na maioria dos textos, não há comentários postados), mas a cada crítica negativa, vejo a necessidade de uma explicação. Mesmo que demonstre apenas indiferença de minha parte.
Outra crítica que recebi foi a de que o nível de linguagem deveria ser mais simples. Sinceramente, não tenho porque simplificar o nível de linguagem. Existem duas ferramentas muito úteis, alguns as veem até mesmo como objetos aversivos e/ou místicos devido às suas capacidades de intelectualização. Eis que as revelo: dicionário e gramática. É isso mesmo. Se a intelectualidade de algum leitor não alcança o nível de linguagem que utilizo no meu blog (veja bem: MEU BLOG), lamento sua preguiça de pensar, mas não pretendo, pelo menos no dado momento, rebaixar o nível de linguagem dos meus textos só para satisfazer meia dúzia enquanto meia dezena de dúzias adoram meu nível de linguagem. Aliás, isso aqui é literatura, amigo, não coluna de jornal ou livro de auto-ajuda do Paulo Coelho...
Gostaria também de pedir um favor aos leitores: se possível, que comentem meus textos NO BLOG, e não me elogiando pelas redes sociais. Eu admiro muito cada elogio, mas gostaria muito mais se as opiniões de cada um fossem expressadas em cada texto postado. Não tomem isso como uma crítica negativa, é só um educado pedido. As críticas negativas, com certeza, não se dirigem a vocês que tanto me elogiaram... a não ser que também sejam adoradores do Paulo Coelho...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Filtrando influências

Todo mundo sabe (pelo menos os intelectuais) que absolutamente nada é sempre a mesma coisa. Tudo muda, principalmente as pessoas.
Eu, como tal, não fugi às regras. Certo dia, resolvi mudar, e decidi começar pelas influências. Sim, as influências. Aquelas pessoas que adoram dar opinião na vida alheia… Não que eu siga conselhos a torto e direito, mas essas pessoas não deixam de ser “influências”. Mesmo que insignificantes.
Eu sempre fui uma pessoa de várias amizades. Entre estas, irmãos, pseudo-irmãos, amigos, pseudo-amigos, colegas, pseudo-colegas, conhecidos, companheiros de momentos felizes e momentos tristes, influências significantes e insignificantes. Mas quantidade não é qualidade, e isso não é uma influência, é um fato realmente.
Sendo assim, decidi fazer uma espécie de filtragem dessas influências, não pelo critério de significância, mas pelo de utilidade. Até porque, não é por uma amizade ser baseada em insignificâncias que ela seria inútil. Há muitas insignificâncias úteis. Se não houvesse, o que seria da frivolidade além da admiração dos ineptos?
Decidi, então, para começar, me ver como uma pessoa extremamente egoísta. Não há como se fazer uma coisa dessas sem pensarmos só em nós mesmos. Se não, nossa piedade e auto-piedade nos faria desistir na primeira avaliação. É preciso que se entenda que a saturação pelo tédio nos faz passar por esse tipo de coisa. Depois que alguém passa por algo realmente doloroso é que começa a ver quem realmente é amigo. Engraçado… depois que saí do meu primeiro emprego, fui pai, me endividei e tranquei a faculdade, muita gente sumiu. Até eu resolvi, por conta própria, deixar de frequentar certos lugares, mas isso também conta, porque absolutamente ninguém me procurou. E se ninguém lhe procura, certamente você só era aceito naquele lugar por formalidade…
Comecei a avaliar as pessoas ao meu redor. As “pseudo” nem merecem avaliação. São do tipo que merece apenas o desprezo assim que descobertas. Parti então para as “fechadas”. Aquelas que, mesmo depois de uma agradável e interessante conversa, se apresentam completamente na defensiva, demonstrando um grande incômodo quando se tenta conhecê-las melhor. Quando outras pessoas demonstram o interesse por elas, querem manter algum tipo de contato, mas não conseguem. São pessoas que muitos definem bem, de certa forma, quando as chamam de antissociais. Elas não merecem que os interessados insistam em se aproximar, sendo fato que estas encontram, com grande frequência, um comportamento que lembra uma muralha, um obstáculo praticamente impossível de se superar.
Relacionadas as acima na lista de descarte, passa-se, então, para as que se pode simplesmente chamar de frívolas. Aquelas que não querem nada além de “curtir a vida”, dizer que batem nos outros e baterem quando têm oportunidade para provar que é verdade, e mostrar que bebem mais do que todo mundo dentro de um bar, e mesmo sóbrios, mal conseguem conjugar um verbo corretamente. Esses nem foi preciso uma avaliação detalhada. Seu próprio comportamento as condena. A preocupação delas em mostrar que são melhores do que todo mundo já as torna desprezíveis sem o nosso devido esforço discriminatório.
Ainda na classe dos frívolos, relaciona-se os não-violentos, mas não menos desprezíveis: são do tipo que está sempre sorrindo, não levando nada a sério; que resolvem seus problemas tomando porres em botecos sujos pela cidade. Não é preciso muito esforço para encontrá-las, pois estão sempre pelos cantos dos piores lugares imagináveis, distribuindo sorrisos e indiferença, pois tornar os seus próprios problemas indiferentes já lhes dá muito trabalho, e trabalho parece ser o tipo de coisa que lhes causa aversão. Mesmo sendo o trabalho que elas fazem. Aliás, não pode ser nada além do que elas sabem fazer, porque se for, elas já começam a demonstrar um desconforto mental com as outras pessoas à sua volta. Mas nunca tiram o tal sorrisinho fútil do rosto, porque são seguras de si e confiantes que vão encontrar uma forma de tornar esse mais novo problema em um problema indiferente como sempre fizeram, ou seja: apenas mais um motivo para tomarem mais um porre. Sinceramente… já é trabalho demais para elas… pra quê perder tempo tentando manter amizade e mostrar que você tem um pouquinho de cultura para acrescentar na vida delas? Deixe-as felizes e sorridentes no seu lodo de indiferença! Elas são felizes assim.
Partamos para as mais piores: as que desprezam os outros por se acharem superiores, mas aceitam sua amizade por pena de você. Geralmente se manifestam onde há três ou mais amigos em comum, porque assim, elas podem desprezar qualquer comentário seu, sendo esse desprezo em níveis diferentes para cada amigo, variando de acordo com o tempo que cada amigo as atura. Não entendeu? É simples: se você insiste em ser amigo de alguém assim por um ano, você será menos desprezado do que seu outro amigo, que a atura há apenas seis meses, e assim por diante. Esses são dignos de desistência. Elas não vão se importar mesmo, porque, mesmo que as deixe de lado, elas vão ter vários outros à sua volta… Desprezado por desprezado, fique longe para não se estressar.
Obviamente sobraram poucos, mas dignos de tal mérito. Não que eu seja alguém importante, apenas busco quem me faz bem, e pelo menos, apesar dos meus muitos defeitos, não sou pior do que os amiguinhos aí acima…

Ilustração retirada do blog http://sombrasnacaverna.blogspot.com

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Banal Bullying


Enfim, um tema moderno. Essa novidade vem sendo comentada na televisão todos os dias. Mas afinal, o que é bullying? Superficialmente, seria algo como abuso repetitivo contra uma pessoa. Mas o problema que pretendo abordar não é esse.
O problema é a moda que isso está se tornando. Bullying não é uma palavra criada para ser dita todos os dias. Muito menos um assunto para virar moda por qualquer motivo. O assunto mal foi evidenciado e já o estão banalizando. Sinceramente, já acho meio errado a criação desse termo, até porque existem muitos outros termos para o tipo de fato que o bullying evidencia. Abuso nas escolas existe, sim. Existe em qualquer lugar. Inclusive a repetitiva. O problema é que TODO tipo de "abuso" tem sido comparado a bullying. As pessoas têm achado que qualquer situação que as possa incomodar de alguma forma pode ser definida como bullying. Sendo assim, as guerras no Oriente Médio seriam bullying com o Islamismo? Alguém que não gosta de relações homossexuais declarar isso publicamente estaria praticando bullying com os homossexuais? Se um político que prometeu mundos e fundos for eleito, e depois for cobrado por vários eleitores na rua, seria vítima de bullying? Acredite: há quem ache que sim.
Se continuarmos nesse ritmo, muito em breve, se um professor chamar a atenção de um aluno que não para quieto na sala de aula poderá ser processado por bullying por esse aluno. Um funcionário que tem sua atenção chamada por vários erros poderá também processar seu patrão.
O fato é que, por medo dessa palavra, as pessoas não querem mais dar sua opinião sobre determinados assuntos. Não há mais senso crítico, o medo está fazendo as pessoas se calarem, pois acham que qualquer palavra que disserem as pode comprometer. Elas acham que, a partir de um momento em que disserem alguma coisa que possa ofender outra pessoa as pode comprometer pro resto da vida. Tudo por medo do tal bullying. Isso porque, se há alguma cláusula na legislação que determine o que pode e o que não pode ser considerado bullying é completamente ignorada. Tanto por quem diz ser vítima quanto por quem tem medo de ser considerada agressora.
O significado de bullying vem se tornando um bullying contra a opinião própria, o senso crítico e o respeito à opinião alheia. Eu, como escritor nesse blog, posso algum dia ser considerado como agressor se alguém ler um texto meu e se sentir ofendido. Talvez blogs passem a ser proibidos por serem fontes de publicação de opiniões diversas. Redes sociais não poderão mais existir, pois exibem perfis de pessoas, e isso pode agredir alguém que não gosta de pessoas... Exagerado??? Então continuem deixando a corda solta para ver o que acontece...

sábado, 4 de junho de 2011

Preguiça de pensar

Existem pessoas que sabem ser muito irritantes quando querem. Principalmente quem não sabe nada no emprego e têm preguiça de aprender, e quando estão perdidas, pedem ajuda à primeira pessoa que veem. Se você está no trabalho, perto de uma pessoa que não sabe nada da função que exerce, você está perdido... Não é uma opinião genérica. Não acho que todas as pessoas sejam assim. Apenas as que não sabem absolutamente nada do trabalho o qual são pagas para fazer e simplesmente não fazem o mínimo esforço para aprenderem. Eu disse ABSOLUTAMENTE NADA.
Tudo bem que, ao se mudar para uma função no trabalho que nunca exerceu na vida, qualquer pessoa, homem ou mulher, terá problemas para fazer as coisas. Até porque não saberá nada mesmo do que nunca fez na vida... evidente. Mas daí a não saber tirar o negrito de um texto, ou usar o teclado de uma máquina de escrever, há uma grande diferença.
Quero deixar claro que não tenho nada contra essas pessoas. Mas elas conseguem ser desagradáveis... principalmente se eu for a pessoa que estiver perto delas quando estiverem perdidas no trabalho.

Há algum tempo eu venho passando por uma situação bem parecida com essa. Talvez eu esteja sendo crítico demais, mas sinto um profundo mal-estar ao perceber que pessoas, por se acharem portadoras de grande beleza física, acham que podem pedir qualquer coisa para os outros que vão conseguir. Qualquer coisa MESMO. Não me incomodo com quem está aprendendo. Até porque sou professor. O que me incomoda mesmo é a preguiça que as pessoas têm de aprender.

A cada dia que passa percebo menos vontade de as pessoas exercitarem sua intelectualidade. Parece-lhes mais fácil, num momento de desespero, gritar o nome de quem sabe do que procurar encontrar suas dificuldades no trabalho e pesquisar uma forma de aprenderem.
Eu não entendo como uma pessoa pode demonstrar humildade em momentos casuais, e numa situação onde realmente não sabe o que fazer, simplesmente pedir para que seja feito aquilo que não sabe. Possivelmente aí está a chamada lei do menor esforço: "Pra que aprender, se tenho quem faça por mim quando eu realmente precisar?". Mas e quando a pessoa não puder ajudar? E se ela não estiver por perto quando precisar de alguma ajuda? Não é todo mundo que tem bom coração, e não se segura a mão de qualquer um para caminhar com a gente.
Eu sempre tento estar disposto a ajudar, mas existem certos abusos que, sinceramente, poucos aturam. E estou vendo que para um "hit combo" de abusos, até que eu tenho sido bem paciente. Também odeio ter que ser rígido com as pessoas. Principalmente porque, por eu ser sempre calmo, acabo assustando as pessoas quando demonstro um pouco de estresse. Mas também, fala sério. Ninguém é perfeito. É justamente por isso que estamos neste mundo. Por mais que as pessoas se sintam ou pareçam ser diferentes, somos todos iguais. Estamos todos sobre o mesmo solo. E é isso o que nos torna iguais.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Ai, meu bolso!!!

E findou-se mais um mês! Para muitos, isso é uma grande alegria.
Estava eu ontem, no meu horário de almoço, ambulando pela praça, quando resolvi parar numa banca de jornais para ler as notícias de primeira-página, quando me deparei com um artigo de um que não lembro o nome (não lembro mesmo!) dizendo que, a partir daquele dia, todo o nosso salário seria nosso, que não deveremos mais trabalhar para pagar impostos e que, até o dia anterior àquele, havíamos trabalhado o suficiente para pagar todos os impostos desse ano... e ainda nos parabenizava!!! Quando li aquilo fiquei indignado. Nós brasileiros trabalhamos duro praticamente metade do ano, e ainda vem um jornal nos parabenizar porque trabalhamos até o momento apenas para pagar impostos?! Eu fiquei até mais indignado do que quando passa um daqueles comerciais alertando os consumidores sobre os impostos cobrados em cada produto, e chega alguém tomando um "pedaço" das coisas que as pessoas compram no comercial. Eu até gostaria que isso realmente acontecesse comigo quando eu parasse no posto de gasolina para abastecer o carro, por exemplo. Eu sairia do veículo e daria um belo chute nas costelas daquele sujeito atrevido que está pegando o meu combustível... mas isso acontece sem a gente saber como nem quando. E a parte que eles se apossam nem é do produto, o golpe é dado direto no nosso bolso mesmo, onde dói mais do que comprar uma maçã mordida, um lençol cortado ou meio galão de combustível a menos do que o que foi pedido.
Aquele artigo no jornal me irritou mais até do que quando o tele-jornal anuncia uma nova marca do tal "Impostômetro"... Quem foi o infeliz que inventou esse Impostômetro??? Um maldito letreiro que nos mostra, em números, o quanto somos palhaços do governo. Os números naquela plaquinha infeliz não param de aumentar nunca, e ainda anunciam na televisão como se fosse uma boa notícia: "E hoje, o Impostômetro atingiu a nova marca de 600 BILHÕES de Reais recolhidos em impostos no Brasil somente em 2011..." 
Melhor parar por aqui...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

PRIMEIRA POSTAGEM

Por uma necessidade, afinal, nada há de ser em vão.
Não há algo que se faça sem motivos, nem mesmo um mero site onde se publicam textos afim de que o máximo de pessoas acessem, leiam e comentem.
Até mesmo o ato mais sem nexo de um ser humano possui um motivo... mesmo que não seja explicitado ou evidente, há um porquê, mesmo que só para ele.
Assim como tudo para todos há um porquê, para mim há para criar este blog... 
Um dia postarei algo útil, mas para estreia, nunca produzi tessitura mais sem utilidade... mesmo que com um motivo para redigi-la e publicá-la... seja ele qual for...
A maioria das pessoas criam blogs com ideias já prontas, sabendo exatamente o que vão escrever, e à partir da primeira postagem, passam a contar com comentários e sugestões alheias para manterem seus blogs vivos. Eu não pretendo fazer esse tipo de coisa. Pretendo apenas tornar de conhecimento público as coisas que penso, divulgar ideias próprias e, quiçá, alfinetar minorias... só minorias... não quero fazer inimigos com um blog... seria tão idiota...