Epopeias de uma nação mentalmente marasmada produzidas sem a censura do horário nobre imposta pela sociedade.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Aos críticos...

Apesar de receber muitos elogios, várias pessoas me vieram falar que os textos do meu blog o tornaram assaz odioso. Eu já havia imaginado isso, mas não achei que outras pessoas também. Deveras, e na primeira postagem deixei isso bem claro, não criei este blog com a intenção de acariciar textualmente os caros leitores. Dou muito valor a cada comentário (mesmo que, na maioria dos textos, não há comentários postados), mas a cada crítica negativa, vejo a necessidade de uma explicação. Mesmo que demonstre apenas indiferença de minha parte.
Outra crítica que recebi foi a de que o nível de linguagem deveria ser mais simples. Sinceramente, não tenho porque simplificar o nível de linguagem. Existem duas ferramentas muito úteis, alguns as veem até mesmo como objetos aversivos e/ou místicos devido às suas capacidades de intelectualização. Eis que as revelo: dicionário e gramática. É isso mesmo. Se a intelectualidade de algum leitor não alcança o nível de linguagem que utilizo no meu blog (veja bem: MEU BLOG), lamento sua preguiça de pensar, mas não pretendo, pelo menos no dado momento, rebaixar o nível de linguagem dos meus textos só para satisfazer meia dúzia enquanto meia dezena de dúzias adoram meu nível de linguagem. Aliás, isso aqui é literatura, amigo, não coluna de jornal ou livro de auto-ajuda do Paulo Coelho...
Gostaria também de pedir um favor aos leitores: se possível, que comentem meus textos NO BLOG, e não me elogiando pelas redes sociais. Eu admiro muito cada elogio, mas gostaria muito mais se as opiniões de cada um fossem expressadas em cada texto postado. Não tomem isso como uma crítica negativa, é só um educado pedido. As críticas negativas, com certeza, não se dirigem a vocês que tanto me elogiaram... a não ser que também sejam adoradores do Paulo Coelho...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Filtrando influências

Todo mundo sabe (pelo menos os intelectuais) que absolutamente nada é sempre a mesma coisa. Tudo muda, principalmente as pessoas.
Eu, como tal, não fugi às regras. Certo dia, resolvi mudar, e decidi começar pelas influências. Sim, as influências. Aquelas pessoas que adoram dar opinião na vida alheia… Não que eu siga conselhos a torto e direito, mas essas pessoas não deixam de ser “influências”. Mesmo que insignificantes.
Eu sempre fui uma pessoa de várias amizades. Entre estas, irmãos, pseudo-irmãos, amigos, pseudo-amigos, colegas, pseudo-colegas, conhecidos, companheiros de momentos felizes e momentos tristes, influências significantes e insignificantes. Mas quantidade não é qualidade, e isso não é uma influência, é um fato realmente.
Sendo assim, decidi fazer uma espécie de filtragem dessas influências, não pelo critério de significância, mas pelo de utilidade. Até porque, não é por uma amizade ser baseada em insignificâncias que ela seria inútil. Há muitas insignificâncias úteis. Se não houvesse, o que seria da frivolidade além da admiração dos ineptos?
Decidi, então, para começar, me ver como uma pessoa extremamente egoísta. Não há como se fazer uma coisa dessas sem pensarmos só em nós mesmos. Se não, nossa piedade e auto-piedade nos faria desistir na primeira avaliação. É preciso que se entenda que a saturação pelo tédio nos faz passar por esse tipo de coisa. Depois que alguém passa por algo realmente doloroso é que começa a ver quem realmente é amigo. Engraçado… depois que saí do meu primeiro emprego, fui pai, me endividei e tranquei a faculdade, muita gente sumiu. Até eu resolvi, por conta própria, deixar de frequentar certos lugares, mas isso também conta, porque absolutamente ninguém me procurou. E se ninguém lhe procura, certamente você só era aceito naquele lugar por formalidade…
Comecei a avaliar as pessoas ao meu redor. As “pseudo” nem merecem avaliação. São do tipo que merece apenas o desprezo assim que descobertas. Parti então para as “fechadas”. Aquelas que, mesmo depois de uma agradável e interessante conversa, se apresentam completamente na defensiva, demonstrando um grande incômodo quando se tenta conhecê-las melhor. Quando outras pessoas demonstram o interesse por elas, querem manter algum tipo de contato, mas não conseguem. São pessoas que muitos definem bem, de certa forma, quando as chamam de antissociais. Elas não merecem que os interessados insistam em se aproximar, sendo fato que estas encontram, com grande frequência, um comportamento que lembra uma muralha, um obstáculo praticamente impossível de se superar.
Relacionadas as acima na lista de descarte, passa-se, então, para as que se pode simplesmente chamar de frívolas. Aquelas que não querem nada além de “curtir a vida”, dizer que batem nos outros e baterem quando têm oportunidade para provar que é verdade, e mostrar que bebem mais do que todo mundo dentro de um bar, e mesmo sóbrios, mal conseguem conjugar um verbo corretamente. Esses nem foi preciso uma avaliação detalhada. Seu próprio comportamento as condena. A preocupação delas em mostrar que são melhores do que todo mundo já as torna desprezíveis sem o nosso devido esforço discriminatório.
Ainda na classe dos frívolos, relaciona-se os não-violentos, mas não menos desprezíveis: são do tipo que está sempre sorrindo, não levando nada a sério; que resolvem seus problemas tomando porres em botecos sujos pela cidade. Não é preciso muito esforço para encontrá-las, pois estão sempre pelos cantos dos piores lugares imagináveis, distribuindo sorrisos e indiferença, pois tornar os seus próprios problemas indiferentes já lhes dá muito trabalho, e trabalho parece ser o tipo de coisa que lhes causa aversão. Mesmo sendo o trabalho que elas fazem. Aliás, não pode ser nada além do que elas sabem fazer, porque se for, elas já começam a demonstrar um desconforto mental com as outras pessoas à sua volta. Mas nunca tiram o tal sorrisinho fútil do rosto, porque são seguras de si e confiantes que vão encontrar uma forma de tornar esse mais novo problema em um problema indiferente como sempre fizeram, ou seja: apenas mais um motivo para tomarem mais um porre. Sinceramente… já é trabalho demais para elas… pra quê perder tempo tentando manter amizade e mostrar que você tem um pouquinho de cultura para acrescentar na vida delas? Deixe-as felizes e sorridentes no seu lodo de indiferença! Elas são felizes assim.
Partamos para as mais piores: as que desprezam os outros por se acharem superiores, mas aceitam sua amizade por pena de você. Geralmente se manifestam onde há três ou mais amigos em comum, porque assim, elas podem desprezar qualquer comentário seu, sendo esse desprezo em níveis diferentes para cada amigo, variando de acordo com o tempo que cada amigo as atura. Não entendeu? É simples: se você insiste em ser amigo de alguém assim por um ano, você será menos desprezado do que seu outro amigo, que a atura há apenas seis meses, e assim por diante. Esses são dignos de desistência. Elas não vão se importar mesmo, porque, mesmo que as deixe de lado, elas vão ter vários outros à sua volta… Desprezado por desprezado, fique longe para não se estressar.
Obviamente sobraram poucos, mas dignos de tal mérito. Não que eu seja alguém importante, apenas busco quem me faz bem, e pelo menos, apesar dos meus muitos defeitos, não sou pior do que os amiguinhos aí acima…

Ilustração retirada do blog http://sombrasnacaverna.blogspot.com